Serra: saúde não é produto de consumo

José Serra, na entrega de prêmios aos hospitais mais bem avaliados pela população:

“A saúde é uma atividade que lida com a vida. A gente sempre deve perseguir a perfeição em todas as unidades de saúde. Não se trata de um produto de consumo.”

Mesmo sabendo o que Dilma é, Serra ainda se segura:


Após participar do primeiro debate entre os candidatos à Presidência da República transmitido pela internet, nesta quarta-feira, o tucano José Serra assinou o termo de compromisso com o projeto “Presidente Amigo da Criança”, da Fundação Abrinq, em São Paulo. Em seguida, durante coletiva, o candidato do PSDB afirmou que não está sendo duro nas críticas contra sua adversária, a petista Dilma Rousseff, após ser questionando sobre a elevação de tom deste debate. “Continuo sendo gentil como sempre".

A coligação de apoio a José Serra entrou, de uma só vez, com seis representações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acusando os adversários petistas e a candidata Dilma Rousseff de uso indevido do horário político. O problema, segundo os tucanos, é que o tempo de candidatos nos estados teria sido usado para fazer propaganda para a presidenciável – além de criticar o governo Fernando Henrique Cardoso. A Coligação “O Brasil Pode Mais” pede, como punição, que o tempo de propaganda rival seja reduzido.

Em uma das ações, os tucanos dizem que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria invadido o tempo de divulgação do candidato do PT ao governo de São Paulo, Aloizio Mercadante. Ao pedir votos para o aliado, Lula também enaltece realizações do governo federal. Nos outros cinco casos, todos de candidatos a deputado federal em Santa Catarina, a referência é mais discreta. O presidente não aparece. O locutor é quem enumera as melhorias realizadas no estado pela gestão de Lula. E afirma que, antes dele, havia “pouco apoio do governo”.

Os autores da representação apontam o descumprimento da legislação eleitoral, que proíbe a divulgação de candidatos majoritários em propagandas estaduais. Os tucanos exigem que o horário eleitoral de Dilma tenha descontado o tempo equivalente às peças que teriam desrespeitado a lei. O que não é pouca coisa: no caso de São Paulo, foram 27 inserções de 15 segundos: quase sete minutos. Em Santa Catarina, a soma corresponde a 528 segundos. Aproximadamente nove minutos.